quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A montanha é alta
Tão alta que a cruz que nela repousa
É um ponto vago
Um acenar distante de saudade

O olhar está em cima
E o desejo
Maior que a vontade maior que a força.

Os pés deslizam
As mãos buscam desesperadamente uma outra mão
Que saia da terra da montanha ou dum milagre.

E a força renasce
E a cruz mais próxima irradia luz
Uma mão de luz.

A montanha é muito inclinada
Mas tem um cimo
E todo o cimo é o consumar do desejo mais íntimo
De estar acima do destino.

A montanha é alta
A cruz no cimo
E flores de edelweiss
Mostraram o caminho.


Viagens ao mundo das montanhas
Lá onde a vida acontece
Onde estremece
Com o vigor dos trovões com o esplendor do Sol.

Montanhas altivas indiferentes mas tão belas
Como formosas donzelas pelas ruas do mundo
A embelezar o mundo
Fingidamente indiferentes ao mundo.

Porque as montanhas nos amam
Porque nos atraem e nos agarram
Porque as adoramos perturbados
No clímax da conquista que nos concedem.