segunda-feira, 30 de abril de 2012

Música

A música…
Que vem dos montes
Das montanhas distantes
Das nuvens que passam
E até do olhar do teu olhar!

Música
A mais íntima vibração que desperta
A mais serena emoção que embala
A mais enigmática ligação que segura.

E corro pela cidade ao som de música
Que me persegue e liberta
Que me embala e desperta
Que me dá caminhos e interroga.

Toda a música
Do sino das Igrejas
Do ecoar dos montes.

Toda a música
Das tuas palavras
Dos teus gestos de amor.

Do mais íntimo do Universo
Emana a música
Que somos.
A semente espreita
Está só


E não nasce

O deserto
É a imensidão
De sementes à espera.
Dezanove degraus
É o que falta subir

Um número inventado
Mas porquê?
Mágico talvez
Mas todos eles trazem a magia
Do infinito das estrelas.

Dezanove degraus
A conta exacta
Para chegar ao ponto
Onde tenho de subir sempre
Mais dezanove degraus!

Todos os números são mágicos
Mas este escolhi-o eu!

quarta-feira, 4 de abril de 2012


Um dois três
Era uma vez
U
M
A
História


Longa
Tre
  men
        da
           mente longa

Vem do longínquo universo
Talvez
Do Sol
Ou ainda

De mais                                      longe

 Escuto em êxtase
O silêncio
U
M
A
História
Dos momentos
Silenciosos
Que nos criaram

E aqui estamos sentados
Sem nada compreender
Mas sorrimos
Perante a beleza
Do sorriso
Que nos chega aos ouvidos.
Hoje foi um dia qualquer
Como todos os dias quaisquer

Entrei e saí para onde já me esqueci
Olhei e remirei para o que nunca mais lembrarei

Foi um dia qualquer
Onde vi as horas que não voltarei a ver
Onde fiz gestos que não aprendi

Entrei e saí
Da vida ou de mim nem sei
Nem dei por isso sequer
Foi um dia qualquer
Que não mais lembrarei.

Contudo foi mais um dia
Que passou…