No calor da areia
Corpos escaldam
A olhar o mar
Crianças junto ao mar
Aprendem a brincar
Com o efémero
A criança berra
A mãe acorre
O pai olha o mar
Uma criança negra
Brinca com o Sol
Numa amizade antiga
Mãos dadas na praia
Deitados à sombra
Iludem o tempo
Sonhos de viajante
Numa pequena bóia
A enfrentar o mar
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Praia
Gente à beira mar
Languidamente a olhar o mar
A sentir o Sol
Deitados ao abandono
Entregues à areia aos sons do vento
Ao ondular da maresia
De olhos semi-cerrados
De mãos dadas
De cabeças juntas
Ou sós
Debaixo de chapéus de cores
E entregues ao ipod
Mas sempre entregues ao Sol
O que acarecia
Que se devia temer mas se ama
Porque faz sentir bem
Porque aquece
E as mãos estão frias
Ávidas de apertar o calor
E abrem-se
E espreguiçam-se
Corpos ao Sol
Entregues ao mar
Junto da areia
À beira do mar
Entregues ao Sol
Entregues ao abandono
O dia termina
Como num sonho
Ficam as marcas quentes
Dum abraço
Que nuncas se deu.
Languidamente a olhar o mar
A sentir o Sol
Deitados ao abandono
Entregues à areia aos sons do vento
Ao ondular da maresia
De olhos semi-cerrados
De mãos dadas
De cabeças juntas
Ou sós
Debaixo de chapéus de cores
E entregues ao ipod
Mas sempre entregues ao Sol
O que acarecia
Que se devia temer mas se ama
Porque faz sentir bem
Porque aquece
E as mãos estão frias
Ávidas de apertar o calor
E abrem-se
E espreguiçam-se
Corpos ao Sol
Entregues ao mar
Junto da areia
À beira do mar
Entregues ao Sol
Entregues ao abandono
O dia termina
Como num sonho
Ficam as marcas quentes
Dum abraço
Que nuncas se deu.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Donaña
Planícies ressequidas
Um cavalo morto
Espera pela enxurrada
Nos campos ressequidos
A vida cavalga
Sobre cavalos mortos
Um coelho olha
Uma cegonha olha
Os turistas olham
Passa o carro
A ave que medita
É desalojada pela olhar
Levanta voo
No céu perde-se
A ave que dormitava
Na planície ressequida
Cheira-se o mar
Anseia-se pela água
Um cavalo morto
Espera pela enxurrada
Nos campos ressequidos
A vida cavalga
Sobre cavalos mortos
Um coelho olha
Uma cegonha olha
Os turistas olham
Passa o carro
A ave que medita
É desalojada pela olhar
Levanta voo
No céu perde-se
A ave que dormitava
Na planície ressequida
Cheira-se o mar
Anseia-se pela água
Dunas
Longos areais refugiados entre dunas e mar
Uma garganta estreita um rio de aragem
Na areia passos e conchas e dedos frágeis
E um enorme espreguiçar de olhos no Sol
Caminhos escondidos dos mundos urbanos
Refúgio das sirenes gritos e ameaças
Recanto de mar e dunas amarelecidas
Fronteiras frágeis com a ternura do abraço
Caminham na praia entre dunas e mar
Corpos de lama areia água e Sol
Caminham na praia vestidos de Universo
Caminham na praia pedaços de Universo.
Uma garganta estreita um rio de aragem
Na areia passos e conchas e dedos frágeis
E um enorme espreguiçar de olhos no Sol
Caminhos escondidos dos mundos urbanos
Refúgio das sirenes gritos e ameaças
Recanto de mar e dunas amarelecidas
Fronteiras frágeis com a ternura do abraço
Caminham na praia entre dunas e mar
Corpos de lama areia água e Sol
Caminham na praia vestidos de Universo
Caminham na praia pedaços de Universo.
sábado, 6 de junho de 2009
Noite
Só ao pé das estrelas
De braço dado
Tímido
Arrebatado
É noite
Um silêncio de aragem
Luzes distantes
E o céu
Enorme
Meu
Carreiros insinuam-se
Reflectem a luz
Espelho de estrelas
Ao fundo
A noite
O encanto da noite
A desvendar estrelas
E eu
Só com elas
Enlaçado
Adormeço
De braço dado
Tímido
Arrebatado
É noite
Um silêncio de aragem
Luzes distantes
E o céu
Enorme
Meu
Carreiros insinuam-se
Reflectem a luz
Espelho de estrelas
Ao fundo
A noite
O encanto da noite
A desvendar estrelas
E eu
Só com elas
Enlaçado
Adormeço
Terra
Planeta louco a girar de espanto
Verdes luxuriantes e a vontade imensa de viver
Uma embriaguês de sentidos!
Um sinal de fogo no distante
Gritos de fendas a abrirem-se
As árvores tombam com estrondo
O céu perturbado rodopia e arrasa
Os homens são arrastados
E a terra a fértil terra escorre para os oceanos
Os desertos crescem e o fogo
Os prédios crescem e a fome
Planeta verde de sonho e vontade
Os homens chegaram de algures vão para algures
No chão as ruínas
De sonhos nunca satisfeitos
Verdes luxuriantes e a vontade imensa de viver
Uma embriaguês de sentidos!
Um sinal de fogo no distante
Gritos de fendas a abrirem-se
As árvores tombam com estrondo
O céu perturbado rodopia e arrasa
Os homens são arrastados
E a terra a fértil terra escorre para os oceanos
Os desertos crescem e o fogo
Os prédios crescem e a fome
Planeta verde de sonho e vontade
Os homens chegaram de algures vão para algures
No chão as ruínas
De sonhos nunca satisfeitos
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