Jacinta, 27 anos, cega, surda-muda
Olhar perdido na profundidade da noite
Todas as estrelas estão ausentes todo o sentido
Todo o canto está ausente todo o sentido
Apenas o ser vibra com o arrepio da aragem
Absolutamente perdida num universo de mistério
Há corpos que vibram que tocam que chocam
Sinais de que se não está absolutamente só
Outras galáxias outros sóis outros seres
Está no centro de tudo que se agita e treme
Que emite sinais que são códigos que são ordens
Os deuses estão presentes no cheiro na vibração
Surda aos gritos cega aos gestos mas desperta ao chamamento
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