sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Dezanove degraus
É o que falta subir
Um número inventado
Mas porquê?
Mágico talvez
Mas todos eles trazem a magia
Do infinito das estrelas.

Dezanove degraus
A conta exacta
Para chegar ao ponto
Onde tenho de subir sempre
Mais dezanove degraus!

Todos os números são mágicos
Mas este escolhi-o eu!
Ouve-se ao longe uma porta a bater
Estava ao longe uma casa vazia
E uma porta a bater dia após dia.

Como o tambor de um mensageiro perdido
Que não se cansa não se cansa de esperar
Uma porta para uma casa vazia
Uma luz que não se abre uma voz que não se ouve
Mas continua a bater
Continua a andar nos mesmos passos ritmados
Noite e dia e dia e noite
Como um tambor como um planeta
Que roda cego sem parar
Sem compreender
Sem nada para esperar
Mas em constante revolução
Numa angústia de espasmos
Vulcões e gritos Inundações e lágrimas.

O tambor pulsa ao ritmo das estrelas
Como a porta daquela casa vazia
Como o mensageiro perdido.
Queria passear contigo
Seguir uma estrada sem fim
Simplesmente a conversar até ao fim
Só conversar devagar
Temos tempo a estrada não tem fim!

Queria navegar contigo
No vasto oceano até ao horizonte longínquo
Simplesmente a conversar até ao fim
Só conversar devagar
Temos tempo o oceano não tem fim!

Queria viajar contigo
Daqui até à lua sempre devagar
Simplesmente a conversar até ao fim
Só conversar devagar
Temos tempo a lua não perde o encanto!

Queria viver contigo a aventura
De viver sem parar
Simplesmente a conversar até ao fim
Só conversar devagar
Temos tempo a morte pode esperar!