sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ouve-se ao longe uma porta a bater
Estava ao longe uma casa vazia
E uma porta a bater dia após dia.

Como o tambor de um mensageiro perdido
Que não se cansa não se cansa de esperar
Uma porta para uma casa vazia
Uma luz que não se abre uma voz que não se ouve
Mas continua a bater
Continua a andar nos mesmos passos ritmados
Noite e dia e dia e noite
Como um tambor como um planeta
Que roda cego sem parar
Sem compreender
Sem nada para esperar
Mas em constante revolução
Numa angústia de espasmos
Vulcões e gritos Inundações e lágrimas.

O tambor pulsa ao ritmo das estrelas
Como a porta daquela casa vazia
Como o mensageiro perdido.

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