sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Alguém interroga o passageiro
Vai só num navio enorme
Uma cidade que flutua como todas
Por baixo um imenso oceano de mistério

Porquê viaja naquele barco?
Porquê segue aquele rumo?
Porquê olha nostálgico para o muito longe?
Porquê perder-se nos festins que tudo ocultam?

As respostas são o marulhar das ondas
Um silêncio de quem nada sabe ou tudo receia
A profundidade do oceano a fragilidade da embarcação
A que somos a que nos conduz a que nos envolve

A cidade no centro à volta nada
Como todas as cidades carregadas de passageiros
A deambular pelas ruas num frenesim de gestos
A inventar respostas que não compreendem.

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