domingo, 29 de novembro de 2009

Bato numa pedra
Rogo uma praga
O caminho endurece

Oiço queixumes
Por detrás de paredes
Transparentes à dor

Gritos na rua
Ninguém olha
A violência alheia

Tremem as mãos
O frio passou
Mas a dor não

Olhar angustiado
Para o extremo da rua
Os passos perderam-se

Passos interrompidos
Velhos nas passadeiras
Não chegam a tempo

Junto a uma parede
Num dia sem luz
Confia na sombra

Num quarto isolado
As janelas fechadas
Escondem o mundo

Uma bola nas mãos
O prazer de jogar
O mundo.

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