quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Percorro inquieto o deserto sem fim
Um solo lunar numa aridez que não compreendemos
Os caminhos são pedras esquecidas
A areia e o vento os senhores dos dias

Todo o meu corpo se sente estranho
Nenhuma vida espreita nada que possa morrer
Confrontado com o silêncio árido do deserto
O corpo pressente o frio gelado do que é eterno

Mas o olhar é atraído o corpo agarra-se
O vento pára o horizonte dissolve-se
E o deserto por uma vez levanta-se e caminha
De mãos dadas comigo a descobrir o Universo.

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