quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Espero um pouco à porta da rua
Passam velozes muitas vozes
Passam velozes muitas buzinas
Passam velozes vizinhas
À porta de todas as vitrinas

Por cada coisa que passa
Abro a boca fecho a boca
Veloz sem nada poder dizer
Nunca há tempo para alguém responder
Passam velozes todas as vozes
À porta da rua um vendaval

Tento ser rápido e antecipar-me
E começo a gritar
Quem vem longe olha
Mas veloz vai-se o olhar
Passam velozes os que olham
Nunca se fixa o olhar
À porta da rua espero
Sem nunca ninguém chegar.

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