terça-feira, 13 de setembro de 2011

Passeava pela marginal
A olhar o rio
O largo rio de todas as vidas

A margem do outro lado está lá
Uma linha uma luz uma mancha
A vontade é correr para as pontes
E nadar e voar
O que está do outro lado é sempre maior
Porque não se vê
Porque está longe
Porque o Homem sonha sempre outra coisa

Passeio pela marginal
Pelas gares marítimas pelos monumentos ao mar
E o que me inquieta é o que se passa
Exactamente do lado que não estou
Na outra margem de um qualquer rio.

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