sexta-feira, 22 de novembro de 2013

São páginas em branco deitadas à rua
Quando se despreza aquele olhar que nos interpela
Que não conhecemos
Mas que nos desafia
Que rejeitamos
Mas longamente se prolonga em nós.

Todo o olhar é um mistério
Mas sobretudo o que nunca vimos
Pode ser um vilão ou um salvador
Um poeta uma sábio ou apenas um sonhador
Mas sempre uma obra prima
Da natureza que se revela em cada ser.

Como qualquer página branca
Onde uma história desabrocha
Que ninguém conhece
Pode ser inútil mas bela
Pode ser indecifrável mas revolucionária
Pode ser frágil mas ter a força
Dos poemas que constroem a humanidade.

Na rua espalhadas pelo chão
Páginas brancas esvoaçam no vento
Na rua perdidas pelos passeios

Vagabundeiam crianças em sofrimento.

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