sexta-feira, 15 de novembro de 2013

                                                 Tufão Hayan
O tufão passou
Ficaram braços estendidos
Gritos gemidos
Olhares espantados
Esbugalhados
Surpreendidos
O tufão passou
Mas ficou na lama
Na poeira
Nas casas destruídas
No imenso lençol de lixo
Nos pedaços de vidas destroçadas
Nos brinquedos desfeitos
Nos sonhos impossíveis.

O tufão passou
Mas ficou a tremenda fragilidade que somos
E a pergunta porquê nós
Sempre essa pergunta
Quando um tufão
Passa ao lado
Para esmagar outro qualquer na rua
Porquê?!

E os olhos que se levantam para o céu
Não se atrevem a fazer perguntas

Desfeitos em lágrimas num pranto de orações.

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