segunda-feira, 20 de abril de 2009

Caminhar distraído pelos portais do sonho
Pontapear ao de leve ou uma leve carícia
Todos as pedras olham respiram e suspiram
A eternidade é a longínqua espera doutra coisa

E os dias passam e no céu as estrelas olham
E os vulcões incendeiam-se e no céu as estrelas olham
E no céu sempre no céu igual para toda a vida
Há um imenso espelho onde todos os gestos se repetem

Deitados pela planície perdidos no deserto ou simplesmente errantes
Os homens esperam sinais que desconhecem palavras que não comprendem
Esperam a olhar o céu a olhar o mar a olhar os olhos
Num imenso bailado de espelhos numa esfera a rodar louca e sem destino.

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