segunda-feira, 27 de abril de 2009
Por detrás de uma janela verde de madeira apodrecida
Há recantos escondidos pelo pó e paredes em derrocada
Onde em dias de Sol ou noites de muita Lua
Ainda cantam as esperanças que um dia ali habitaram
As paredes estão rasgadas por sucalcos
Mas as telhas estão perfeitas num silêncio de espera
O abrigo seguro para os sonhos ainda escondidos
Pelos que partiram sem os poder levar
Naquela janela verde de uma casa que já não existe
Conversam eternas as mulheres de todo o sempre
Os que passam pela rua olham e suspiram
No olhar perpassa súbito um intenso sentimento de saudade.
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