Silêncio cortado de gritos
A terra deslizou nas entranhas
A humanidade abriu brechas
E os sonhos ruíram
E as lágrimas foram engolidas
Pela terra pela água suja por outras lágrimas
Uma mão aberta a brotar da terra
Uma flor desesperada um adeus
Os olhos tropeçam e precipitam-se
Na maré que cresce num oceano de dor
E os gritos em gargantas enrouquecidas
Atordoam o silêncio dos que estão adormecidos
Ao abrigo das casas feitas entulho
Em nichos apertados feitos túmulos
Corpos manietados remexem olhos
Na busca duma qualquer luz que seja vida
E um cão fareja enlouquecido com o cheiro a morte
Perdeu todo o sentido e todas a esperança se perdeu.
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