quarta-feira, 23 de junho de 2010

Um homem vulgar caminhava na rua.
Veio um autocarro e levou-o
A rua ficou mais vazia
Mas o mistério tornou-se mais denso

Para onde partiu?
Que destino teve o espaço que ocupou
E o seu odor onde ficou?

Partiu no autocarro que se perdeu ao fundo
As ruas permaneceram e os outros passos apressados
Ninguém reparou excepto um pedinte
Testemunha viva daqueles passos agora ausentes

Partiu sem deixar sinais
Foi de autocarro talvez para todo o sempre
Naquela cidade agora mais vazia
Os autocarros partem e chegam sem cessar.

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